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No final da década de 70 surgiu uma prática muito legal! Quem é das antigas vai se lembrar de uma atividade muito comum realizada nos bairros aos finais de semana: a “rua de lazer”, que consistia no fechamento de algumas ruas para o trânsito de veículos e os locais se transformavam em área de prática de esportes e lazer. Era comum alguém passando no portão da sua casa e grita: Vamos pra rua de lazer!
Em São Paulo, por exemplo, a primeira rua de lazer foi instituída em 1977. Várias cidades Brasil afora adotaram a atividade. Uma alternativa de baixo custo, que promove o desenvolvimento físico e social das crianças e jovens através da prática de esportes, danças e brincadeiras. Enfim, uma atividade atrativa e bem diversificada.
Atividades como jogos de voleibol e golzinho, ping pong, competições de dança são presenças marcantes nesses eventos. E o mais interessante, em primeiro lugar, é que as ruas de lazer dependem de fato de uma organização popular, isto é, feita por quem mora ali e para quem mora ali. Em segundo lugar, a atividade reúne gerações, troca de experiências e aumenta a socialização.
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Rua de lazer: atualidade x passado
Hoje em dia a atividade acontece em várias cidades como São Paulo, Curitiba e Brasília com o Eixão do Lazer. Mas o formato mudou bastante em relação ao período da sua criação.
Então vamos falar especificamente daquela época, mais precisamente na década de 80 quando a prática já era comum em muitos locais. O período tem suas particularidades. Não havia muita burocracia para a realização, já que os moradores da rua onde aconteceria o lazer eram, na sua maioria, a favor do evento. A atividade durava praticamente o dia todo.
Em primeiro lugar, a divulgação da rua de lazer. Era feita boca a boca e, às vezes, com alguns cartazes espalhados pelo bairro. Como não havia rede social nem celular, os encontros nas escolas e trabalho eram os principais locais de divulgação.
Em segundo lugar, a sonorização. Essa era uma atração à parte! Ficava por conta das equipes de som, que montavam seus ‘paredões’ com caixas de som pesadas e aparelhos empilhados. Quanto maior a aparelhagem, maior era o prestigio. Havia situações em que duas ou mais equipes de som montavam seus equipamentos e rolava até disputa, mas isso é assunto pra outro artigo.
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A simplicidade era a diferença
Além de atividades esportivas e recreativas, o famoso concurso de dança era infalível! No som anunciavam que teria o concurso e que os interessados fizessem naquele momento sua inscrição. Depois disso havia a disputa individual e em grupos. Como se tornou uma prática sempre presente nas ruas de lazer daquela época, muitos participantes já treinavam em casa os passinhos. Posteriormente vinha a premiação. Era bem simples, mas o prazer de participar da competição se sobressaía.
Um fator bem marcante daquela época eram os encontros. Em suma, os amigos combinavam de se encontrar na rua de lazer. Muitos formavam grupos de dança onde podiam por em prática os ensaios dos passinhos. Tinha também a chance de ver a paquera e, quem sabe, marcar o próximo encontro pra discoteca.
Concluindo, muito ainda se fala da década de 80 por ter sido inesquecível. Momentos como esses são lembrando a todo momento pelos saudosistas e, sempre que podem, desfrutam de atividades organizadas para relembrar tudo isso.
